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ACIAP-VR participa do Desenvole RJ na EXPO-VR 2025

  • rebeca5246
  • 11 de ago.
  • 4 min de leitura

Evento debate o papel do setor metalomecânico e a importância da diversificação econômica para o Sul Fluminense

A Associação Comercial, Industrial, de Serviços e Agropecuária de Volta Redonda (ACIAP-VR) participou do Desenvolve RJ, realizado durante a EXPO-VR 2025. O encontro teve como tema “Engrenagens do Desenvolvimento Sustentável – A potência do setor metalomecânico e a importância da diversidade econômica para o Sul Fluminense”, reunindo lideranças empresariais, especialistas e autoridades regionais.

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Lideranças reunidas em prol do desenvolvimento regional

O presidente da ACIAP-VR, Maycon Abrantes, esteve acompanhado de Bruno Paciello, presidente da Companhia de Desenvolvimento de Barra Mansa; Jairo Júnior, presidente da Metalsul; Paola Tenchini, coordenadora regional do SEBRAE-RJ; do jornalista e especialista em economia e política George Vidor, mediador do painel; e de Márcio Lins, diretor-geral da CSN.


Parque Industrial de Barra Mansa e incentivos fiscais

Bruno Paciello apresentou o projeto do Parque Industrial de Barra Mansa, atualmente em fase de implantação, concebido para atrair grandes empresas, oferecer infraestrutura moderna, gerar empregos e dinamizar a cadeia produtiva regional. O empreendimento prevê soluções para escoamento de cargas de forma eficiente e sustentável.

Paciello destacou a importância dos incentivos fiscais para o fortalecimento da indústria, citando a Lei do Bem (Lei nº 11.196/2005), que beneficia empresas metalomecânicas que investem em pesquisa e desenvolvimento, e a Lei do Aço (Lei Estadual nº 8.960/2020), que reduz a alíquota de ICMS para o setor no Estado do Rio de Janeiro. Segundo ele, a região está preparada para receber novos investimentos, independentemente de barreiras comerciais internacionais.


Integração de municípios e fortalecimento do setor

Jairo Júnior relembrou que o Sul Fluminense foi o berço da industrialização no Brasil, dispondo de modais ferroviário e marítimo estratégicos para a integração logística. Ele ressaltou que 17 municípios atuam de forma conjunta na promoção do desenvolvimento, e que o setor metalomecânico continua sendo um importante gerador de valor. Para ele, a união entre municípios e entidades como o Sebrae é fundamental para ampliar a competitividade regional.


Diversificação e inovação como caminhos para o crescimento

Para Paola Tenchini, além de explorar a vocação industrial, a região precisa atrair diferentes ecossistemas de negócios, estimulando cadeias de micro e pequenas empresas prestadoras de serviços.

Ela informou que o Sebrae desenvolveu um projeto de inovação com 43 pequenas empresas do polo industrial, voltado à criação de novos produtos e soluções para a indústria de base. Segundo Tenchini, promover novos ciclos econômicos é essencial para garantir desenvolvimento sustentável.


Histórico e influência regional

George Vidor lembrou que, antes da industrialização, Volta Redonda e região se destacavam na produção de café e na pecuária leiteira. Ele explicou que o pólo industrial foi concebido durante a Segunda Guerra Mundial como parte de um esforço nacional estratégico.

Inspirado em uma metáfora de Confúcio, Vidor comparou a influência de um município sobre outro às ondas formadas por uma pedra lançada em um lago, que se propagam e geram impactos em todo o entorno.


O cenário da siderurgia no Brasil e a visão da CSN

Márcio Lins foi o convidado surpresa que compôs o painel e jogou luz sobre a situação das companhias siderúrgicas do país no cenário macroeconômico atual.

Lins disse que é preciso que o governo incentive a conexão dos clientes com a indústria de base brasileira. Alertou que a China tem avançado tanto em nosso mercado de aço que já superou os 4 grandes players nacionais, em função do superávit de produção que ela tem após décadas de crescimento acentuado, e que pode desestabilizar o nosso mercado porque os outros países importadores estão aumentando suas defesas e o Brasil está demorando muito a reagir.

Evidentemente este cenário traz impacto nos níveis de investimento e de empregos no setor e torna urgente a necessidade do governo regular melhor nosso mercado, sem prejudicar os clientes que precisam de bons produtos a preços justos.

Lins informou que há projetos em andamento na Companhia Siderúrgica Nacional, a CSN, que além de reduzir custos e mudar os processos de produção, têm melhorado de forma muito significativa o impacto ambiental, o que ficou bem visível neste inverno, vindo de encontro ao bem-estar da população, e passou uma mensagem de otimismo: "A CSN quer permanecer aqui, próspera e sustentável, e tem condições para isto."

Segundo Lins, a CSN vai se desdobrando e busca ter condições de fazer esta travessia até que se estabilize o comércio internacional do setor, pois felizmente soube se diversificar no passado passando a produzir cimento, minérios, energia e serviços logísticos, além dos produtos derivados diretamente da siderurgia.

Lembrou ainda que a CSN é uma empresa de origem local, 100% nacional, com capital aberto predominantemente brasileiro, faz parte da história de muitas famílias da região e que a população local aprecia e se orgulha disso.


Turismo, startups e infraestrutura

Maycon Abrantes destacou que a tradição leiteira da região permanece viva e que, desde a privatização da CSN, já se percebia a necessidade de diversificar a economia local, fortalecendo comércio, serviços, saúde e educação.

Ele elogiou o atual governo municipal pela atenção à ordem pública, fator que, segundo ele, cria um ambiente seguro e favorável aos negócios.

Abrantes também ressaltou a importância da readequação do Aeroporto de Resende para retomada de voos comerciais, medida que beneficiará toda a região.

Por fim, defendeu o fortalecimento do turismo como vocação local e lembrou que a criação do projeto “Vírgula” representou um marco no incentivo às startups regionais.


 
 
 

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